Com o passar dos anos, os automóveis passam por modificações, recebendo as famosas reestilizações; algumas delas são tão extremas, que o modelo acaba perdendo a identidade visual inicial. Boa parte dessa perda, acarreta em queda nas vendas e até mesmo o encerramento da produção do respectivo modelo.
No final da década de 70, o Mustang já não apresentava mas a essência dos modelos da década de 60 e inicio dos anos 70.
Para tentar resgatar o prestigio perdido em um determinado modelo, várias montadoras apostam em refazer um carro totalmente novo, buscando inspiração nas linhas dos seus antepassados, originando assim os famosos retrôs. A pratica ficou mundialmente conhecida através do VW Beetle, logo após a Ford homenageava o Ford 49 com seu Forty-Nine e a Chevrolet trazia o esportivo SS com linhas inspiradas nos modelos da década de 50.
O Chevrolet SS de 2003.
Outro grande exemplo aconteceu nos anos 90, quando a Ford anunciou o fim do Mustang para criação de um novo modelo com traços inspirados nos esportivos japoneses, fato que levou os entusiastas do Mustang enviarem mais de 100 mil cartas protestando a decisão da montadora. Foi então que a Ford passou a pesquisar o que os entusiastas queriam, descobrindo que a grande maioria gostariam de ver um modelo que fizesse referencia aos primeiros modelo da década de 60.
Para os anos 90, a Ford atendeu os entusiastas, trazendo um Mustang com referencia nos modelos antigos.
Depois disso, o Mustang sempre trazia algum item que remetia aos modelos antigos, até que em 2003 a Ford apresentava um novo Mustang, totalmente inspirado nos modelos da década de 60, e é claro que foi sucesso absoluto, aliás, foi tanto sucesso, que a Chevrolet resolveu re-viver o Camaro em 2010 com total inspiração nos Camaros da década de 60.
Em 2004 o Mustang chegava em um estilo totalmente retrô, e foi devido a grande aceitação do público, que já em 2007 a Chevrolet apresentava o novo protótipo do Camaro, com tendencias retrô.
Podemos ver muitos itens presentes no Mustang que remetem ao seu passado, itens que por sinal acabaram tornando-se o verdadeiro DNA do modelo, ou ao menos realçou a identidade do Muscle Car. O principal item a ser destacado, é a carroceria fastback, formada pelo grande capô e o restante pouco mais curto, além disso, um detalhe muito bacana do modelo é o "nariz", que lembra a boca de um tubarão, como nos modelos da década de 70. Ainda na parte frontal, a grade manteve a proposta original, é fácil perceber a semelhança com os modelos antigos.
O grande capô, e a frente do tipo "boca" de tubarão é uma das características do Mustang.
Outra marca registrada do Mustang, é a tripla lanterna traseira. Na edição de 50 anos, a lanterna é emoldurada por frisos cromados, como na versão de 1964.
Os vincos laterais também estão presente, mas são as triplas lanternas traseiras e o desenho do painel que acabaram tornando-se marca registrada do Mustang. A Edição Especial Limitada de 50 Anos aguçou mais ainda o estilo retrô, ao trazer a grade com emblema central envolvido por frisos, a cor original dos primeiros modelos, e as lanternas traseiras com molduras cromadas.
Com a reestilização em 1993, o painel do Mustang passou apresentar a mesma tendencia dos modelos antigos, e assim permanece até os modelos atuais.
De outro lado está o Camaro 2014, que também faz referencia aos modelos antigos, porém de forma moderada, mesmo assim é possível perceber que suas linhas são inspiradas nos Camaros do fim da década de 60. O modelo ainda traz as falsas entradas de ar nos para-lamas traseiros e as lanternas traseiras horizontais, como as do modelo de 1969.
No Camaro, as linhas da carroceria e os vincos laterais são nitidamente inspirados nos modelos antigos, assim como todo o conjunto frontal e as falsas entradas de ar nos para-lamas traseiros.
Na parte traseira, são as lanternas que fazem referencia aos antigos, inclusive no desenho da ré.
Internamente a nova geração do Camaro também faz referencia ao desenho dos modelos de 1969, como podem ser observados nos três mostradores com molduras quadradas e os quatro mostradores no console central, sem esquecer o volante de três raios, que carrega inspiração do antigo.
Internamente o Camaro 2014 faz referencia ao modelo de 1969, seja nos mostradores principais ou nos mostradores do console.
Por parte da Dodge temos dois modelos, Challenger e Charger, ambos possuem referencia em modelos mais antigos, porém muito mais forte no Challenger. Olhando logo de cara já podemos observar que o desenho do cupê da Dodge, tem como base o modelo de 1971, desde as linhas da carroceria, a grade bi-partida, os vincos, os faróis auxiliares, lanternas traseiras, as duplas saídas do escapamento até os detalhes mais discretos, como o formato das maçanetas e os retrovisores externos.
Sem dúvidas o Challenger 2015 é o modelo que mais apresenta estilo retrô, que vão desde as linhas e vincos laterais, até o desenho da grade e o formato das maçanetas.
Na traseira não é diferente, quase nenhum detalhe foi deixado de lado; as lanternas, o aerofólio e a dupla saída de escapamento, todos itens presentes nos modelos de 1971.
Por dentro o painel carrega uma discreta silhueta vinda do modelo antigo, e os mostradores também possuem inspiração nas versões da década de 70. De certa forma podemos até dizer que o Challenger é o modelo no qual mais possui aparência retrô, para delírio dos entusiastas.
Por dentro, o cupê traz apenas algumas linhas inspiradas no modelo antigo, com destaque aos mostradores do painel.
Finalmente chegamos no Charger, cujo a versão 2015 destaca-se pelo novo conjunto frontal, inspirados em outro Dodge, o Dart de 1971, e as lanternas traseiras de LED que fazem referencia aos Charger de 1969, sem esquecer os vincos laterais que também foram inspirados nos antigos.
Para a nova geração, o Charger buscou inspiração para seu conjunto frontal, em outro Dodge, o Dart de 1971.
Dos Charger antigos, vieram as lanternas e o vinco lateral.
Apesar do nome, o sedã da Dodge não é exatamente um retrô, porém devido seu comportamento esportivo, aliado ao nome e alguns itens que remetem aos modelos de sucesso da década de 60 e 70, o Charger entra para a lista dos modelos com DNA de puro sangue!
Texto de Andre GeSSner
Imagens de Divulgação
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