O ano era 1990, a Ford visava produzir um modelo com traços dos esportivos japoneses para o lugar do Mustang, seria um modelo totalmente novo inspirado no Mazda MX-6; após algum tempo estudando o novo modelo, a Ford anunciava o fim do Mustang para a chegada do seu substituto, e é aqui que a história realmente começa.
Com novo design em 1994, chegava a 4ª geração do Mustang.
Bastou a Ford anunciar o fim do Mustang que a revolta tomou conta, foram mais de 100 mil cartas de pessoas protestando à matriz de Detroit, a coisa foi tão grande que a Ford se obrigou a rever os projetos e iniciou então uma pesquisa de mercado com os consumidores norte-americanos, e claro, o público preferia o agressivo Mustang ao esportivo com traços mais suaves, típicos dos modelos japoneses da época.
Público opinou, a Ford acolheu, com isso vários itens lembravam os modelos antigos.
As pessoas queriam o cavalo na grade, entradas de ar nas laterais e até as triplas lanternas traseiras, sem contar o som do V8 e a tração traseira, ou seja, queriam algo como o modelo de 1964, quando o modelo foi lançado.
Mesmo abaixo do seu potencial, o V8 levava o Mustang aos 100km/h na casa dos 6 segundos.
A partir disso, foram dois anos trabalhando em um novo Mustang, onde centenas de pessoas foram chamadas pela Ford para ver os protótipos para dar suas opiniões, onde fez-se a vontade do freguês.
Entradas de ar nas laterais, como nos modelos da década de 60.
O novo Mustang era apresentado em Outubro de 1993, onde a Ford anunciava exatas 1.330 alterações em relação à geração anterior, além disso o modelo estreava como Pace Car das 500 Milhas de Indianópolis, como já mostramos aqui. Com isso, as vendas alavancaram de vez, e ultrapassou as 120 mil unidades naquele 1994.
Pela terceira vez o Mustang era escolhido o Pace Car da Indy 500.
Na pista o conhecido 5.0 V8 fazia seu papel, mesmo com os reduzidos 213 cavalos, fazia o Mustang chegar do 0km/h aos 100km/h em 6,5 segundos, porém com a máxima de 200km/h anunciada pela Ford, número baixo para o potencial do seu motor.
O 'velho' 5.0 V8 rendia 213 cavalos e 29kgfm de torque em sua nova geração.
A suspensão macia atendia bem ao gosto do público norte-americano, as rodas de 17 polegadas eram calçadas pelos GoodYear Eagle 245/45 e o sistema de freios ABS davam conta de brecar os 1.393kg do Mustang.
As rodas de três raios vazados de 17 polegadas criaram moda no Brasil.
Internamente o Mustang remetia o estilo dos Mustangs antigos, o painel com linhas arredondas e atraentes trazia inúmeras novidades, dentre elas o piloto automático, airbag e computador de bordo com várias funções. Por ser um Cupê 2+2, espaço não era seu ponto forte, mas tenho certeza que depois de presentear o público com um novo Mustang, ninguém ligou para isso, pena é as nossas montadoras que nunca atenderam nossos protestos, né Chevrolet?
Muito luxo e conforto interno, assim como seus novos itens.
Também foi comercializada a versão 3.8 V6 de 147 cavalos, o mesmo que equipava o Taurus. No Brasil ele chegou em 1995, mas algumas concessionárias na época importaram um lote inicial com quinze unidade, todas vendidas em apenas três dias, o valor beirava os 66 mil dólares.
Imagens do Arquivo / Revista Quatro Rodas
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