No final dos anos 70, os automóveis brasileiros passavam por várias mudanças, os modelos passavam ter inspirações nos Europeus da época, sendo mais compactos e econômicos, e com isso acontecia uma reestruturação das categorias, e com isso vários modelos acabaram ficando com seus dias contatos ou receberam grandes alterações.
O SS 6 em teste na Revista Quatro Rodas.
Um dos sobreviventes foi o Opala, que nem por isso ficou de fora das mudanças passando a focar outros rumos nos anos 80, até porque sua categoria já não teria mais os concorrentes, visando o fim do Maverick em 1979 e dos modelos esportivos da Dodge no mesmo fim de década.
Para 1980, os retrovisores externos passam a ser iguais aos demais da linha, descartando os modelos "copos" dos anos anteriores.
Para 1980, os retrovisores externos passam a ser iguais aos demais da linha, descartando os modelos "copos" dos anos anteriores.
Com o mercado de cara nova, o Opala deixava de ser o foco principal da GMB, enfrentando com muito sucesso a díficil missão de se manter em meio aos compactos econômicos que também eram bem modernos e mais baratos em vista de seu projeto, mesmo assim o Opala manteve seu espaço. Foi nessa transição que em 1980 o último Opala SS era fabricado.
O desenho estilo cupê, moda nos anos 60 e 70, começava a se tornar ultrapassado para a época, mesmo assim o Opala driblou isso por mais 8 anos.
Externamente a linha SS de 1980 se destacava pelas largas faixas laterais com o enorme par de S's na caixa traseira, além disso, os para-choques eram pintados exclusivamente na cor da carroceria, que para esta versão era disponível nas cores bege, branco, prata, verde e vermelho.
Para-choques eram na cor da carroceria quando SS.
Nos 6 cilindros, o emblema '250-S' fica estampado na tampa traseira.
As rodas de 14 polegas eram iguais aos do Diplomata.
Nos 6 cilindros, o emblema '250-S' fica estampado na tampa traseira.
As rodas de 14 polegas eram iguais aos do Diplomata.
Internamente o SS oferecia apenas o grande volante esportivo de três raios como item exclusivo, já que o conta-giros e o console central também poderiam ser encontrados em outras versões da linha Opala.
O grande volante do SS é o grande charme.
O grande volante do SS é o grande charme.
Acabamento interno simples, similar aos mais básicos da linha.
No quesito motorização, nenhuma novidade, o já conhecido 4 cilindros 151-S de 98 cavalos e o 6 cilindros 250-S de 171 cavalos brutos, ambos com transmissão de quatro velocidades. Apesar de esportivos, o desempenho não impressionava, a versão SS4 fazia o 0-100 km/h na casa dos 15 segundos, enquanto o SS6 ficava entre 10 e 11 segundos. A média final era proporcional aos modelos nacionais da época, 160 km/h para o SS4 e na casa dos 180 km/h para o SS6.
Na foto o 4 cilindros 151-S de 98 Cavalos.
Infelizmente nosso mercado era jovem e nossos esportivos não passavam de uma versão básica com "roupagem" esportiva, já que não ofereciam nenhum pacote de melhoria em performance em relação as outras versões da linha, tornando-se comum o fato do desempenho as vezes serem inferior perante as opções mais luxuosas do mesmo modelo e até mesmo as mais básicas.
No porta-malas, o mesmo padrão básico, onde apenas um tapete de borracha dava o acabamento.
No porta-malas, o mesmo padrão básico, onde apenas um tapete de borracha dava o acabamento.
Claro que naquela época estavamos bem mais distantes do mercado americano, onde os modelos compactos esportivos eram bem superiores, mas de qualquer forma, o Opala SS de 1980 tem seu espaço garantido na história dos esportivos brasileiros. Fontes citam uma produção próximo a 3 mil unidades.
Texto de Andre GeSSner
Imagens: Internet
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