O esportivo SE tinha o público jovem como alvo.
Para lançar o SE, a Chrysler precisava economizar em seus equipamentos, e para isso diversos itens de acabamentos foram retirados, como logotipos, frisos, calotas e pequenos detalhes. O Dart SE não oferecia esguicho do para-brisa, retorno automático das setas indicadoras de direção, ventilador elétrico, luzes de cortesia, nem mesmo freios a disco nas rodas, além disso, os cromados deram lugar ao preto, responsáveis por deixar o modelo 40% mais barato que o irmão Charger R/T.
Nada de luxo, uma das características da versão.
Para não ficar com um visual despojado, a Dodge investia na sua aparência, para deixa-lo com maior apelo esportivo possível, tudo para atrair o público jovem, alvo na época. O Dart ganhou volante esportivo de três raios, revestido com imitação de couro, semelhante do irmão Charger R/T. No restante da interna, para esta versão, os bancos passavam a ser individuais com textura em vinil e detalhes quadriculados branco e preto, item que realmente teria tudo para não ser bonito, mas ganharam certo charme no Dart.
Os bancos são individuais no SE, com desenho exclusivo.
As cores eram as mais "berrantes" possíveis, tendência dos esportivos da época, como o Verde Claro Florestal com combinação em preto do capô. Novidades também estavam presente em seu conjunto mecânico, que com o reposicionamento da alavanca do câmbio de três velocidades para o chão, deixou o Dart mais esperto nas acelerações, devido aos engates mais rápidos e precisos. Seu motor era o mesmo dos demais da linha, o V8 5.2 de 198 cavalos alimentado por um carburador DFV de corpo duplo.
Em seu primeiro teste, o Dart entrava na casa dos 10 segundos para chegar do 0 a 100 km/h.
Cromados davam lugar ao preto fosco, além da ausência de frisos.
Em seu teste de estréia, o Dart SE chegou aos 172 km/h e fez o 0-100 km/h em incríveis 10,7 segundos, enquanto o 1/4 de milha ficava na casa dos 17,0 segundos. Números suficientes para tornar o segundo carro nacional mais rápido da década de 70, sendo superado apenas pelo irmão Charger R/T.
O anuncio destacava o "baixo" valor, a versão era 40% mais barata que o irmão Charger R/T.
Apesar das boas mudanças e do visual bonito, o Dart devia muito em equipamentos, onde a montadora não oferecia nem um pacote a parte. Até mesmo itens de segurança como extintor e triângulo de emergência estavam ausentes. Em 1975, houve grande queda nas vendas, tendo como um dos responsáveis a falta de equipamentos, o que dava ao público a preferência pelos Dart de Luxo, completos e pouco mais caros, além da queda dos valores dos Charger usados, que custavam quase o mesmo valor de um SE novo. O ano de 1976 era marcado pelo fim da linha SE, tornando o Dart um dos modelos mais raros da linha Dodge aqui no Brasil.
Como seria o Dart SE em sua versão retrô atualizada.
Texto de Andre GeSSner
Fotos: Guia do Antigos
Projeção: Eduardo (irmaododecio.blogspot.com)
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