Na década de 60, a revista Quatro Rodas foi conferir de perto o carro que balançava o mercado nos Estados Unidos, o Ford Mustang. A Saga SS, volta no tempo o mostra agora o que rolou nessa matéria, que tem mais de 40 anos!
Segundo a revista, antigamente os esportivos eram sinônimos de carros sem conforto, de suspenção duras, com infiltrações de água e poeira, fora o alto nível de ruído e bancos duros, além da falta de espaço interno. Porém o Mustang foi destacado como um esportivo que oferecia tudo que um grande carro de luxo tinha, sem desconforto algum. O nome Mustang vem de uma raça selvagens de cavalos dos Estados Unidos, dizia a revista, que elogiou o desempenho do GT dizendo que o carro tinha luxo de limosine, onde se era possível trabalhar durante toda a semana para competir com os amigos no Sábado a noite.
O conforto começava logo de cara, dizia a revista, onde era possível regular o assento e o encosto de modo mais conveniente. O volante agradou, de bom diametro e com três raios, onde qualquer um deles podia acionar a buzina, que na estrada era um pouco fraca. A alavanca do câmbio de quatro marchas era no assoalho e velocímetro disposto na horizontal indicava os 200km/h. No lado esquerdo do painel, estava o conta-giros, marcando 6.000 rpm que segundo a revista, a máxima do V8 de 225 cavalos era de 4.800 rpm.
Painel foi um destaques vistos pela revista na época.
Em destaque a Quatro Rodas dizia que o motor esnobava a potência, pois ao engatar a primeira era possível sentir a maciez da fricção do comando hidraulico, esbanjando potência quando se arrancava, derrapando as rodas derrapavam conforme as saídas mais bruscas. Na primeira marcha a revista chegou aos 80km/h a 5.000 rpm, passando tranquilamente para a segunda, que notava nenhuma perda de giros no silencioso e macio câmbio sincronizado. Logo, a revista estava nos 110km/h nunca desrespeitando os 5.000 giros, que em terceira já passava os 160km/h, e que por fim engatava a quarta marcha e a velocidade já apontava os 200km/h. Elogiou-se a estabilidade do modelo, que não foi preciso reduzir nas curvas. A suspenção traseira era mais mole do que se imaginava segundo a revista, mas lembra que o modelo era para ruas e estradas, e não para pistas de corrida, o que era fácil de se resolver, colocando amortecedores mais rígidos.
Não faltou elogios também ao desempenho.
O mustang chegava aos 100km/h facilmente levando apenas 10,5 segundos. O modelo não mostrava nenhum sinal de cansaço ao exigir mais do motor, e os freios respondiam de forma perfeita aos comandos do motorista. O consumo ficava perto dos 3km/l usando gasolina azul, taxa de compressão de dez por um. Muito elogiado, a revista destacava o modelo em desempenho e luxo, onde não economizou nos destaques do modelo. Contou em detalhes o que agradou, como o painel imitando madeira e as sete opções de cores. Destacou o luxo do acabamento interno acarpetado, os bancos de qualidade e os detalhes bordados.
Desempenho aliado com luxo, essa era a visão da Quatro Rodas.
Texto: Andre Gessner
Fotos: Quatro Rodas
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