Até meados dos anos 80, muitos modelos norte-americanos apresentavam um desenho pouco atraente, onde abusavam de linhas retas, deixando o visual quadrado, lembrado por muitos um tijolo. Foi então que a Ford, em 1983, trouxe no Thunderbird um conceito utilizado Muscle Cars do final da década de 60, o "nariz" aerodinâmico inspirado nos NASCAR.
Um dos modelos a aderirem o conceito, foi o Chevrolet Monte Carlo, que também era uma resposta direta ao concorrente da Ford. A geração de 1986, contava com a chegada da variação chamada Aerocoupe, e você conhece um pouco mais sobre este modelo nesta postagem.
Na dianteira, o Monte Carlo manteve praticamente o mesmo desenho desde 1983.
O conceito Aero chegou em 1983, na versão SS, em resposta ao concorrente T-Bird da Ford.
Disputar com os T-Birds não era tarefa fácil, se o estilo do Monte Carlo SS era um sucesso, o mesmo não acontecia quando o assunto era desempenho, já que por problemas aerodinâmicos o carro pecava em alta performance, pois sofria com sua instabilidade.
Para amenizar os problemas de estabilidade, a equipe de engenheiros da GM tiveram que buscar uma solução mais simples possível.
A solução chegava em 1986, com a adoção de um grande e inclinado vidro traseiro, mudanças que melhoraram a estabilidade, o que acabou rendendo alguns km/h a mais de final que faltavam ao Monte Carlo. Todos os modelos produzidos naquele ano, eram de carroceria cupê e que foram convertidos para o novo estilo fastback, com simples adoção do vidro e troca da tampa traseira, a única cor disponível era o branco com acabamento interno bordô.
A adoção de um vidro mais inclinado garantiu ao Monte Carlo uma pequena melhora em seu rendimento.
Internamente o Monte Carlo oferecia muito conforto, a única opção de acabamento era o bordô.
Para 1987, os modelos com variação Aerocoupe, eram produzidos na fabrica da Pontiac, e passavam a ser oferecido em quatro cores de carroceria, também recebeu pequenos ajustes no acabamento da "adaptação".
Em 1987, o Monte Carlo Aerocoupe passava a ser produzido na fabrica da Pontiac.
Naquele mesmo ano, apenas alguns ajustes estéticos diferenciam do seu antecessor.
O motor era um 305 V8 com pacatos 180 cavalos de potência, que também rendia 31,1 kgfm de torque, trabalhando em conjunto com a transmissão Hydra-Matic 200-4R automática de quatro velocidades. Seu desempenho era mediano, fazia o 0-100 km/h em 9 segundos, e levava 16,8 segundos para completar o 1/4 de milha, por outro lado, a média final era de 190 km/h.
O 305 V8 produzia apenas 180 cavalos, gerando 31,1 kgfm de torque.
Foram produzidos 6.252 unidades do Monte Carlo SS Aerocoupe, sendo apenas 200 unidades em 1986 e o restante no ano seguinte. Muitas unidades se perderam no tempo, onde grande parte foram descaracterizados, o fato é que o Monte Carlo Aerocoupe tornou-se um modelo colecionável, onde poucos sobraram para contar história. Sua trajetória não é das mais brilhantes, foi ofuscado pelo concorrente da Ford e esquecido de vez com a chegada do Buick GNX, modelo que esbanjava desempenho.
Texto de Andre GeSSner
Imagens: AutoTrader/Divulgação
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