terça-feira, 29 de junho de 2010

TeSSte - Camaro Z28 1972

Em Julho de 1971, a Revista Quatro Rodas trazia em suas páginas o revolucionário Camaro Z28, segundo a edição, o Chevy era a maior ameaça ao então concorrente Mustang. A revista elogiou muito o desempenho da versão nervosa do Camaro, chegando a chama-lo de foguete! O mercado era dominado pelo Mustang, em uma enorme proporção, mas o Camaro com a sua chegada, causou muitas preocupações na Ford, que havia gasto milhões para reestilizar o Mustang naquele ano de 1971, lembra a revista.

Um dos grandes destaques do Camaro 1972, era seu desenho moderno.

Com as mudanças na linha Camaro daquele ano, o modelo foi o que mais se adaptou no mercado, levando algumas vantagens em cima do Mustang, sendo uma delas, o seu estilo funcional. O Camaro era disponibilizado em seis motorizações, sendo o Z-28 testado, o mais forte de todos, apresentando a maior compressão entre os demais da linha, chegando a 9,0:1.

Elogios ao desempenho não foram economizados.

O Desenho do Camaro foi considerado bem esportivo, agradando em seus detalhes, como os limpadores de parabrisa, que se ocultam sob o capô quando não acionados, contríbuindo com um visual agradável e limpo. O conforto não foi deixado de lado segundo a revista, que elogiava os bancos e a agradável posição ao dirigir, deixando apenas pecar um pouco no espaço interno traseiro, o que já era esperado pela Quatro Rodas. O painel acolchoado trazia instrumentos harmoniosos, e o acabamento interno impressionava por estar tudo sob medida.

Direção leve e rápida precisavam de atenção nas saídas mais fortes.

A carroceria trazia pequenas imperfeições, como frestas e marcas de solda, deixando a impressão de que os norte-americanos não se importassem muito com esses pequenos detalhes. No mesmo paragrafo, a revista elogiava o design do Camaro, que nesta versão era decorado com faixas pretas e equipado com um V8 5.7 de 330 cavalos, além do câmbio de quatro marchas. Na pista, o modelo foi taxado de 'Esportivo Excepcional', onde impressionou, e até foi comparado com um carro de corrida. A direção era rápida, o pedal do freio um pouco duro, e as marchas eram bem escalonadas, permitindo acelerações rápidas e contínuas. O Camaro foi acelerado até a faixa de advetência, em 5.500 rpm, usando as três primeiras marchas, o que impressiou pelo comportamento. Comparado com um avião pronto para decolar, o Z-28 fez 0-193km/h em menos de 30 segundos, e levou apenas 7 segundos para chegar aos 100km/h. Como conclusão da Quatro Rodas, era frisado que o modelo precisava de cuidados especiais, pois na cidade a suspensão era dura, e a direção sensível, como ele acelerava muito rápido, era difícil sentir a velocidade. Ainda foi citado que com o Z-28, a GM demonstrava que sabia projetar e construir esportivos, e muito bem por sinal, onde tinha um conjunto harmonioso, que dificilmente ficaria ultrapassado.

É; os anos se passaram, o Camaro depois de um tempo fora de linha, retorna, e ao lado do seu grande ríval Mustang, mostrando para a nova geração, o que nossos pais, ou avós viram de perto, o duelo dos Muscles Cars norte-americanos, eita tempo bom!

V8 5.7 garantiam 330cavalos, alimentados por uma quadrijet Holley.


Texto Adaptado: Andre Gessner
Texto Original: Matthias Petrich - Quatro Rodas

Fotos: Jorge Butsuem - Quatro Rodas

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